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Cana-de-açúcar Apanha Cana-de-Açúcar

Cana-de-açúcar

  • DATE 05/03/2014

A história da cana-de-açúcar deixou marcas significativas na sociedade madeirense. Foi uma espécie de “varinha de condão” ou mesmo “ouro branco” para a economia regional. Foi introduzida na Ilha, por ordem do Infante D. Henrique, em 1425, logo após o início da colonização.

As primeiras estacas foram importadas da Sicília. A excelente qualidade do açúcar madeirense tornou o negócio rentável e próspero até meados do século XVI. Um século depois instalou-se a crise no sector sobretudo causada pelo excesso de produção, por exemplo, no Brasil. Ultrapassada a crise, a cana-de-açúcar sobreviveu até aos dias de hoje.

A Apanha

Esta cultura desenvolve-se sobretudo em cotas relativamente baixas onde é maior a exposição solar (até aos 300 metros na costa sul e entre os 150 e os 200 metros de altitude a norte). Ponta do Sol, Calheta, Ribeira Brava e Machico são os concelhos onde predomina a cana-de-açúcar. A época de colheita inicia-se a meados de Abril e prolonga-se até ao mês de Julho. É neste período que funcionam os cinco engenhos existentes na Região: Sociedade de Engenhos da Calheta, Fábrica de Mel do Ribeiro Seco-Funchal, Engenho Novo da Madeira- Estreito da Calheta, Companhia dos Engenhos do Norte e Abel Fernandes, ambos no Porto da Cruz. A apanha da cana é a tarefa que representa mais custos para os produtores. É um trabalho exigente sobretudo em termos físicos. Familiares, amigos e vizinhos juntam-se nos terrenos para acelerar os trabalhos. Mais recentemente, em alguns locais, a apanha manual começou a ser substituída pela mecanizada, o que garante resultados mais rápidos a custos inferiores. Depois de devidamente acomodada, a cana é transportada para os engenhos. Os dados divulgados pelo Governo Regional indicam que a produção de cana-de-açúcar na região duplicou nos últimos dez anos. Em média, a produção anual varia entre as 5 000 e as 6000 toneladas. Estima-se que a área ocupada ultrapasse os 130 hectares.

Engenho da Calheta

Os derivados

O mel de cana é dos derivados mais conhecidos da cana-de-açúcar assumindo-se como um ingrediente fundamental na doçaria e culinária típicas da Região. No Carnaval, as tradicionais “malassadas” e “sonhos” são regados com mel de cana. No Natal é elemento obrigatório no fabrico do bolo e broas de mel. A aguardente de cana (Rum da Madeira) é outro dos derivados. Resulta exclusivamente da fermentação alcoólica e destilação do sumo de cana-de-açúcar, que serve de base a bebidas como a “poncha” e os licores.

A “poncha” é uma bebida tradicional preparada à base de aguardente, mel de abelhas e sumo de limão. Recentemente, o limão tem sido substituído por outras frutas, nomeadamente a laranja, tangerina, maracujá e frutos vermelhos. A procura crescente por este tipo de bebidas, em substituição de produtos importados, tem feito disparar a venda de aguardente, ultrapassando já os 300 mil litros por ano. Na freguesia da Ilha, em Santana, encontramos uma outra versão da tradicional poncha. Chama-se “ponchilha”. Distingue-se pelo facto de ser embalada e incluir na receita clássica também sumo de laranja. É fabricada com citrinos produzidos exclusivamente nesta freguesia.  

A Feira da Cana-de-Açúcar

A Feira da Cana-de-Açúcar acontece anualmente, no mês de Abril, na freguesia dos Canhas, na Ponta do Sol. É uma forma de promover e divulgar esta cultura servindo também de estímulo aos produtores. A Mostra da Cana contempla espectáculos musicais, barracas de comes-e-bebes onde se incluem os diversos produtos fabricados a partir da cana sacarina. O sumo extraído directamente da cana-de-açúcar também tem vindo a ganhar adeptos. Servido com gelo é muito apreciado por turistas e residentes.

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