Reza a história que entre 1521 e 1523 a Ilha da Madeira foi devastada pela epidemia da peste. Na época espalhou-se o sofrimento e um grande número de mortos. Perante o terrível mal as autoridades religiosas e civis suplicaram a Deus um milagre por intercessão de São Tiago Menor. Anos mais tarde, em 1538, a peste voltou a causar pânico no Funchal.
Os votos a São Tiago Menor foram renovados, com a realização de uma procissão, onde se implorou a proteção para debelar a doença. As preces terão sido atendidas pelo que o voto foi cumprido e mantido até à atualidade. Inicialmente a procissão acontecia entre a Catedral Madeirense e a Igreja de Santa Maria Maior.
Atualmente o percurso é mais reduzido, mas tal como no passado, conta a presença de elementos da Câmara Municipal do Funchal, governantes, bombeiros, escuteiros, associações e muitos devotos do Padroeiro da Cidade. Segue-se a Solene Eucaristia na Igreja do Socorro onde são renovados os votos de gratidão e pedida a bênção e proteção de S. Tiago Menor para todo o povo da Madeira e Porto Santo.
A maioria dos participantes na procissão transporta, ao pescoço, cordões com flores amarelas. São os chamados “Maios” usados também nas típicas “excursões” à volta da Ilha no dia 1 de Maio. Neste mesmo dia, a Igreja celebra a memória litúrgica de São José Operário: o padroeiro dos trabalhadores.