A figura do "passador" está associada ao período aureo da emigração portuguesa.
Entre os finais dos anos 50 e o início dos anos 70 milhares de portugueses passaram a "salto" as fronteiras para chegar a França.
Os "passadores" guiavam os emigrantes e encontravam nesta atividade uma oportunidade de negócio. O serviço era pago e incluía também a angariação e passagem dos emigrantes de forma clandestina.
Na altura Portugal registava níveis elevados de pobreza com privações de toda a ordem. Obter um passaporte de emigrante era difícil pelo que recorriam a métodos menos legais para abandonar o País mesmo correndo o risco de pena de prisão, no caso de serem apanhados pelas autoridades.
Por regra, os homens iam primeiro, separavam-se da família e só mais tarde mandavam buscar mulher e filhos, na expetativa de uma vida melhor.