As "cartas de chamada" destinavam-se a convocar cidadãos para um destino de emigração.
Muitas vezes eram dadas indicações do que era necessário levar para a longa viagem: roupas, alimentos e até medicamentos.
Na mala todos os emigrantes levavam uma "carta de chamada": um documento obrigatório para poder permanecer no País de acolhimento.
Em termos práticos teria de haver alguém com meios suficientes para assumir eventuais encargos e que se responsabilizasse pelo pretenso emigrante. Quem mandava a "carta de chamada" teria de comprometer-se com o sustento, proteção e possível repatriação em caso de necessidade.
Desta forma, ansiava-se que nos envelopes entregues pelo carteiro, estivesse a "carta de chamada" do noivo ou marido, que por vezes tardava em chegar.