O poeta popular madeirense João Gomes de Sousa, conhecido por Feiticeiro da Calheta, era pobre e analfabeto, mas foi o autor do Bailinho da Madeira.
João Gomes de Sousa tocou e cantou os célebres versos no decurso da primeira Festa da Vindima, em 1938, integrado no Rancho Folclórico do Arco da Calheta, que ganhou o primeiro prémio. Porém, em 1949, Max, então o mais famoso dos artistas madeirenses, apropriou-se da letra e gravou a canção em Lisboa sem conhecimento do feiticeiro.
Nasceu na Calheta em 1895 e morreu em 1974. Foi sempre pobre e analfabeto, mas não era ignorante nem desprezado pela sociedade, antes pelo contrário, tornou-se um dos nomes maiores da poesia de cordel e da música popular madeirense e a presença nos arraiais juntava multidões.
Eugénio Perregil, investigador e coordenador do Livro "Feiticeiro da Calheta" foi entrevistado por João Luís Mendonça, no Programa "Aplauso".
Fonte: Agência Lusa