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Portas pintadas Portas Pintadas Rua de Santa Maria

Portas pintadas

A Zona Velha do Funchal nasceu com o condão de ser o berço da Cidade. Foi o primeiro núcleo histórico e também dos primeiros locais habitados. A diversidade arquitetónica é a imagem de marca da Cidade Velha criada no século XV.

A Fortaleza de São Tiago é a referência mais emblemática com vista privilegiada para a Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses. Desativado como instalação militar, o Forte foi adaptado para acolher o Museu de Arte Contemporânea.

» O Núcleo Histórico

Durante muitos anos, a Zona Velha teve o nome associado à má fama e era mesmo considerado local a evitar por turistas e madeirenses. As primeiras mudanças surgiram em 1995 com a recuperação de algumas casas degradadas e remodelação das redes de água e saneamento básico. Pouco tempo depois, surgiram as primeiras unidades hoteleiras com vista para o mar. Em 2009 a Residência Universitária trouxe “sangue novo” a uma zona envelhecida. Por ali passam investigadores, professores, alunos e até turistas.

A típica Rua de Santa Maria acolhe também a Fábrica de Chapéus. Funciona no mesmo espaço há mais de 60 anos. O princípio é igual ao de outros tempos: fabricar artigos tradicionais por via artesanal. No “coração” da Zona Velha encontramos a Capela do Corpo Santo, devotada a São Pedro, Padroeiro dos Pescadores. O pequeno templo fica repleto de fiéis a cada 1º de Maio para as cerimónias em homenagem a São Tiago Menor.

A Rua de Santa Maria é uma das mais antigas da Ilha. O longo caminho empedrado guarda memórias tão antigas como os edifícios seculares. A rua é atravessada por becos e ruas estreitas e sobrevoada pelo Teleférico que liga o Almirante Reis ao Monte. O Centenário Clube Sport Marítimo, o Mercado dos Lavradores e o Museu da Casa da Luz são alguns dos investimentos que marcam o Núcleo Histórico.

» Portas com arte

A recuperação da Zona Velha do Funchal vai acontecendo aos poucos em função das capacidades financeiras das autoridades. Enquanto isso, a intervenção artística ajuda a disfarçar o estado de degradação de alguns imóveis. Artistas de diferentes quadrantes transformam as portas em telas dando asas à imaginação. Cada porta esconde uma história e as paredes de alguns edifícios também ganham vida retratando cenas do quotidiano. O projeto de revitalização desencadeado por João Carlos Abreu, antigo Secretário Regional de Turismo, mistura o antigo com o novo. A arte ao ar livre tem despertado a atenção e curiosidade de muitos turistas que passam pelas ruas históricas da Zona Velha da Cidade.

» Roteiro turístico

Aos poucos surgiu um roteiro turístico alternativo. Os sinais de mudança foram também dados pelos comerciantes que apostaram na modernização dos negócios. Algumas ruas fecharam ao trânsito e as esplanadas passaram a preencher os locais outrora ocupados pelos carros. Com o cair da noite, a Zona Velha acorda para a animação. Em alguns restaurantes o jantar é servido ao som do Fado: Património Imaterial da Humanidade. O “sabor a saudade” é, sem dúvida, uma das marcas da Cidade Velha. Para muitos é mesmo a “zona mais castiça da Cidade”. A animação prossegue noite fora com animação espontânea que, ao fim-de-semana, só termina a altas horas da madrugada.

Lido 9395 vezes Última alteração em quinta-feira, 28 março 2019 00:40
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