A inauguração do projecto, da autoria de Edmundo Tavares, aconteceu a 24 de Novembro de 1940. Inicialmente, o espaço com quase 10 000 m2 estava preparado para abastecer cerca de 25 000 habitantes.
Atualmente, estima-se que cerca de 40 mil pessoas passem pelo Mercado para fazer compras. Em vários pontos do Mercado, o visitante é confrontado com painéis de azulejos, de Faiança, produzidos na Fábrica da Loiça de Sacavém e pintados com temas regionais, por João Rodrigues.
O Mercado dos Lavradores está organizado em “praças”, “ruas” e “largos” onde se podem encontrar artigos típicos da Região. À entrada as vendedoras, vestidas a rigor com o traje regional, preparam os arranjos de flores procurados por turistas e residentes. Um pouco mais à frente e no primeiro piso estão os produtos agrícolas, como a “vaginha” (feijão verde), a semilha (batata), a couve repolho, os espigos, a batata-doce e frutos da época (laranja, tangerina, pêros, maçãs), entre outros.
No piso inferior encontra-se a praça do peixe. Local que desperta a atenção do visitante pelo ruído e azáfama que os homens do mar imprimem ao espaço. Por vezes, o movimento é intenso e cada um tenta “puxar a brasa à sardinha” para vender o peixe-espada, a sardinha, a “cavala”, o atum, o chicharro, etc. Os turistas que por aqui passam não deixam de registar o momento nas objectivas levando, assim, o nome da Madeira além fronteiras.
O Mercado dos Lavradores enfrenta, contudo, um forte problema. A concorrência das grandes superfícies comerciais, que oferecem facilidades de estacionamento, impede que os negócios no mercado tenham o sucesso de outros tempos. Mesmo assim, existem épocas do ano onde a afluência ao Mercado é mais significativa. Por exemplo, no Natal o ex-líbris do Funchal fica “apinhado” de gente para a tradicional Noite do Mercado.