Os Conselheiros da Diáspora estiveram reunidos no Funchal para avaliar as preocupações da comunidade madeirense no Mundo. A reunião, presidida pelo Secretário Regional de Educação, Jorge Carvalho, juntou 12 conselheiros representando as seguintes comunidades: África do Sul, Austrália, Brasil, Europa, Reino Unido, Venezuela e as Casas da Madeira de Coimbra e dos Açores.
Os representantes da diáspora destacaram "a elevada participação no Fórum Madeira Global 2018, que contribuiu para a rica troca de experiências entre as comunidades madeirenses dispersas pelo mundo, bem como para a análise de temáticas relevantes para os madeirenses emigrados e para os seus descendentes."
O Conselho entende também "que as Comunidades Madeirenses devem ser centrais no plano de celebração dos 600 anos do Descobrimento do Porto Santo e da Madeira." Neste sentido, os Conselheiros comprometeram-se a ter um papel ativo, quer na divulgação do programa, quer na dinamização de ações e iniciativas que concorram para estas celebrações.
Os Conselheiros recordaram que "a União Europeia financia programas de integração de migrantes mas até ao presente tem excluído os cidadãos europeus que regressam de países terceiros, como o caso da Venezuela. Por isso, "o Conselho recomenda ao Governo Regional que coopere com as autoridades nacionais e internacionais, com vista a encontrar, no seio da União Europeia, outros mecanismos de financiamento que contemplem a plena reintegração dos cidadãos europeus."
Para combater a quebra da natalidade, o Conselho da Diáspora sugeriu o “repovoamento” feito por lusodescendentes, que podem retornar com um vasto leque de competências úteis ao desenvolvimento regional, desde que, também, para isso, seja encontrado um conjunto de incentivos ou, que pelo menos, sejam minimizadas as resistências administrativas, nomeadamente através de alterações legislativas."
O funcionamento dos postos consulares continua a merecer reparos, "não se percebendo as demoras e os tempos de espera", salientou a porta voz do Grupo.
O Conselho da Diáspora apelou ao Governo Regional que continue a defender os emigrantes lesados pela Banca Nacional, bem como a defender os interesses daqueles que investiram em soluções financeiras do Centro Internacional de Negócios da Madeira.
O Conselho continua a demonstrar a sua preocupação com a situação política, económica e social de algumas sociedades de acolhimento, com particular atenção para os casos da Venezuela, África do Sul e Brasil.
O Conselho da Diáspora "censura a companhia aérea de bandeira, TAP, por não ter reestabelecido uma frequência direta entre Lisboa e Joanesburgo, demitindo-se da sua responsabilidade em sede de desígnio nacional, e abandonando a imensa comunidade madeirense que ali reside, bem com pelos preços elevados cobrados pela companhia para a ligação aérea entre Lisboa e Caracas, operada por uma empresa sua parceira.
Oiça abaixo as conclusões do Fórum Madeira Global.