A Festa é promovida anualmente, no mês de setembro, pela Casa do Povo da Ponta do Pargo, com o apoio do Governo Regional, e é considerado o principal certame organizado na localidade, a par das festividades religiosas.
A Festa do Pêro permite aos agricultores a promoção e escoamento do produto colocado em exposição nas dezenas de barracas espalhadas pela rua principal da freguesia. Surgem também espaços de comes e bebes transformando o evento em um animado arraial, onde não pode faltar a animação musical. O cortejo etnográfico é um dos pontos altos do evento que pretende dar a conhecer algumas das tradições da Ponta do Pargo.
A Festa do Pêro é também aproveitada para a venda de artesanato e de outros produtos agrícolas regionais. O pêro tradicional da Ponta do Pargo é facilmente identificado pelo aroma caraterístico. Dizem alguns escritores que o “perfume” era detetado pelos navios que, em alto mar, se dirigiam para o Funchal.
» Sidra e outros derivados
O pêro é transformado em bolos, doces e “sidra”: uma forma de reaproveitar o produto que não é comercializado em fresco. A sidra é uma bebida tradicional madeirense que resulta da fermentação alcoólica do sumo da maçã ou do pêro. Atualmente a produção acontece nas freguesias dos Prazeres e de Santo António da Serra. É servida quente ou fria.
No Santo da Serra realiza-se anualmente, na mesma altura, a Festa da Sidra: uma iniciativa de cariz popular em homenagem a esta bebida. Nesta freguesia, dividida pelos concelhos de Santa Cruz e Machico, realiza-se um pequeno cortejo alegórico onde se inclui a pisa do pêro ao vivo. Também a Quinta Pedagógica dos Prazeres, na Calheta, organiza a “Mostra da Sidra”.
Uma demonstração da produção que acontece em lagar perante o olhar atento de estrangeiros e residentes. Os três eventos, embora distantes geograficamente, complementam-se na importância dada à produção e transformação do pêro.