"Há pecados terríveis. Quantos assassinatos. Quanta corrupção. Às vezes, penso que há coisas que me parecem imperdoáveis. Como perdoar o assassino de um ente querido? Ou a infidelidade de alguém que eu amo? Para mim parece impossível.
Para o homem é impossível, é verdade. Mas não para Deus. Eu carrego ofensas que não consegui perdoar. Elas parecem imperdoáveis. Em algumas ocasiões, isso acontece pela magnitude da ofensa, pelo dano alto.
Outras vezes, pela atitude de quem me ofendeu uma ou mil vezes e acha que fez bem. Nunca se arrepende, nunca pede perdão. Essa atitude, para mim, é imperdoável.
Porém, creio que o problema é mais meu que daquele que me ofendeu. Guardo rancores na alma por ofensas que, talvez, quem me ofendeu já tenha esquecido. Ou nunca soube. Não é consciente do que eu guardo na lembrança. Eu mantenho minha postura. Não perdoo. Não é justo. "