O moinho, alimentado pelas águas da Levada do Rei, foi recuperado no ano 2000 e continua a moer trigo e milho nos mesmos moldes do passado.
Uma tradição secular que desperta a atenção de turistas e residentes que por ali passam. É dos poucos moinhos a água e com a vantagem de se situar junto à estrada. A diferença está na quantidade de milho e trigo moída. Nada se compara à de outros tempos. Ainda assim, pela pedra do moinho passam o trigo, o milho, a cevada e o centeio plantados nos poios agrícolas de São Jorge.
De vez em quando é preciso melhorar o desempenho das pedras do moinho. Ficam gastas com o tempo e uso contínuo. São tiradas e picadas e colocadas, de novo, no lugar. No entanto, quando ficam muito finas têm mesmo de ser substituídas.
O moinho a água, com paredes de pedra, guarda também algumas peças utilizadas nas casas em outros tempos. Objetos em barro, candeeiros a petróleo, artigos talhados em madeira, objetos em linho e um fuso. Memórias do passado agora em exposição e preservadas, ao longo das últimas 4 décadas, pelo moleiro Lino Mendonça e a senhora Ana Rosa. O espaço envolvente também foi devidamente arranjado e ornamentado com flores do campo.
É, sem dúvida, um bom exemplo de preservação do património e das tradições da Madeira. O Moinho está de portas abertas todos os dias entre as 9 e as 20 horas.
Antes da visita ao Moinho sugerimos um passeio pela Levada do Rei.
Um percurso recomendado que oferece vistas fantásticas de São Jorge e Santana. É possível ainda apreciar uma área de floresta natural rica em biodiversidade. O passeio finaliza junto ao Ribeiro Bonito onde o visitante é confrontado com um coberto vegetal genuinamente madeirense. É um autêntico santuário dominado pela Laurissilva – Património Natural da Unesco desde 1999.