1. SITUAÇÃO
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), associado à presença da depressão Martinho, prevê um agravamento do estado de tempo no Arquipélago da Madeira, designadamente no que se refere ao vento, precipitação e ao estado de mar, até ao próximo dia 20 de março.
Assim, prevê-se:
• Vento: A sua intensificação, a soprar do quadrante sudoeste, rodando para oeste a partir da manhã do dia 19, com rajadas que poderão atingir valores da ordem dos 80 a 90 km/h, sendo da ordem dos 110 a 120 km/h nas terras altas.
• Precipitação: A ocorrência de precipitação a partir de hoje, 18 de março 2025, que, por vezes, poderá ser forte a partir da tarde e ocasionalmente acompanhada de trovoada no final do dia.
• Agitação marítima também irá aumentar, esperando-se ondas de oeste/noroeste com 4 a 5 metros, temporariamente com 5 a 6 metros na Costa Norte e ilha do Porto Santo.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Em função das condições meteorológicas previstas é expectável:
• Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações energia;
• Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas e objetos, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
Galgamentos junto à orla costeira;
• Piso rodoviário escorregadio, devido à possível formação de lençóis de água;
• Ocorrência de inundações em zonas urbanas;
• Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
• Possíveis acidentes na orla costeira.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
O Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas mais expostas e vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
• Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
• Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
• Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
• Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
• Adequar os comportamentos e as atividades à situação meteorológica prevista, evitando as viagens para zonas afetadas ou movimentos desnecessários;
• Não circule por zonas com prédios degradados, devido ao risco de derrocadas;
• Especial cuidado nas zonas montanhosas, vertentes expostas e zonas costeiras;
• Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.